Entusiasta da cena musical da cidade e amiga do fanzine DeSConTRoLe, Letícia Dario tem vários projetos rolando na cidade de Campinas. Ela, a Cris e a Letícia Moreli formavam a Supervix: “foi o projeto mais representativo no meu histórico musical, e da Cris também. Foi com ele que a gente começou a filtrar nosso público. Gravamos um demo com 6 músicas e tocamos bastante por Campinas”. Antes da Supervix, Letícia fez parte de uma outra banda importante para a cidade, a Papel de Parede: “foi o projeto mais longo até agora. Gravamos um demo, tocamos em várias cidades, mas acho que pelos diferentes pontos de vista sobre o mercado e mesmo o estilo, ela terminou. Foi uma escola pra gente, foi muito válido”. Agora, a Lê e seu baixo, junto com a Cris (bateria), a Fernanda (voz e violão) e o Henrique (guitarra) são o P-Project: “Bom, eu e a Cris estávamos meio perdidas depois do fim da Supervix, que foi um projeto muito importante nas nossas vidas. Eu já conhecia o Henrique através do estúdio onde trabalhei e sabia da vontade dele de tocar Pixies, mesmo sendo ligado mais à MPB. Um dia, numa mesa de bar com a Fernanda a gente comentou de tocar juntas e a idéia se concretizou. Foi automático e a sintonia musical foi imediata!”. A Fernanda Dias é cantora e compositora de MPB e o Henrique é uma das metades da dupla Taís e Henrique, que toca e compõe MPB, né? “Bom, a gente ‘roubou’ o Henrique da Taïs um pouquinho (risos)! Eles são amigões nossos, além de músicos incríveis. O projeto dos dois está firme e forte! A Fernanda é amiga deles há mais tempo e é da MPB também. Tem um CD solo lindo. Os dois se jogaram no Rock nesse projeto Pixies!”. Apesar da diversão garantida, formar e manter uma banda de rock numa cidade como Campinas não é coisa fácil: “É complicado ter uma banda nova, sem contatos e sem material. É importante criar vínculos, gravar um material de qualidade e ter bandas amigas que possam se ajudar”. Letícia acredita que os principais elementos da cultura pop campineira são as bandas, mas que, sem público, a arte não vai pra frente. Quais seriam as principais vias para que houvesse uma maior participação? “Não acho que Campinas tenha alguma característica diferente que favoreça a participação dos jovens, afinal são poucos locais para mostrar o trabalho e a maioria é segmentada por estilo, mas também acredito em eventos independentes como o Rock'n'Rosa”. Como é a “cena” em Campinas? “acho que Campinas se assemelha a muitas cidades do interior pela quantidade de jovens ligados a segmentos de rock mais antigos ou mais clássicos, como hard rock, progressivo ou heavy metal. Isso é construtivo, com certeza, mas não é comum ver um jovem andando com a camiseta do Of Montreal, do Metric, ou mesmo de bandas mais famosas como Weezer ou Libertines”. Além dos projetos já descritos, Letícia também participou da formação da banda Double Drink e, junto com a Cris, fez um set de Strokes Cover, além de já ter feito apresentações com amigos no projeto Rockacústico (que inclui os membros do P-Project). “A gente curte rock e cada segmento nos ensina algo novo. Não necessariamente o que é bom de ouvir, é bom de tocar”. Obrigado, Lê!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
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