O Raphael chegou e eu já estava no balcão, tomando uma cerveja. A verdade é que a cada gole vinha junto um pensamento terrorista de censura (não sei o que está me acontecendo, mas toda vez que tento me divertir um pouco uma voz tenebrosa fica a repetir na minha mente: lei seca, lei seca...). Alucinações à parte, o carismático Raphael Castro disse acreditar nesse tipo de comunicação (o fanzine) e apresentou-me a uns amigos do Paraná, um deles, o cara mais alto, chamou-me a atenção por conta de uma camiseta com estampa dos Smiths. Os rapazes que me foram apresentados eram A VI Geração da Família Palim do Norte da Turquia. Quêêê??? Isso mesmo! A Família Palim, para os mais íntimos, é uma banda de Maringá (PR). Depois de um bom papo sobre música, comunicação, cidades e outros assuntos, os paranaenses foram afinar os instrumentos para a apresentação que se seguiria. Três guitarras, um contra-baixo e uma bateria eletrizaram a noite do Woodstock Music Bar com composições próprias falando de Islamitas, Católicos e Indies, no maior clima rock’n’roll-entre-amigos. O pequeno público presente, apesar de tímido, pareceu gostar do som da banda, ainda mais quando rolou uma versão brasileira dos Ramones. Logo em seguida, os nossos conterrâneos do JB e Seus Amigos Sex Symbols (a banda do Raphael, velho conhecido desse nosso texto), tomaram o palco e fizeram todo mundo, religiosamente, ficar bem suado. Não vou descrever o show (mesmo porque o espaço desse box já está acabando), mas quero ressaltar a importância do trabalho que o JB tem feito. Há um tempo a banda tem sido a ponte entre Campinas e outras cidades. Eles realizam um orgástico troca-troca rocknroll. Espera aí, deixe explicar-me direito: a banda vem pra cá e eles vão pra lá, numa espécie de intercâmbio que permite à banda de Campinas levar seu som para fora da cidade e traz para nós a possibilidade de estar perto de outras bandas, como a Família Palim e o Charme Chulo (sim, o Charme Chulo esteve aqui este ano – ver texto nesta edição). Iniciativas assim, merecem o aplauso dos roqueiros carentes da cidade. A única parte negativa é que com essa constante agenda de shows na cidade, aquela voz tenebrosa fica me assombrando toda vez que saio de casa: lei seca, lei seca... Xô, Satanás!
www.myspace.com/jbeseusamigossexsymbols
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
bemsuado
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